Saturday, May 19, 2007

É claro que quem tem como missão promulgar e aprovar leis, atira-as simplesmente como sementes ao vento, não fazendo a mais pálida ideia do que constitui a matéria orgânica do terreno em que vão cair.

Basta olhar para as condições em que trabalham a maioria das pessoas neste país, desde a exploração a que estão sujeitas até às humilhações e ao desrespeito pela sua integridade e dignidade individual.

Em todo o espectro político, em cada um dos assentos da Assembleia da República, e mesmo entre os que na luta partidária não conseguem representação no Parlamento, em toda a paleta cromática das tendências ideológicas, desde os que falam e se repetem nas mencões à "geração dos € 500" até àqueles que estão longe de se preocupar o problema da precaridade nas suas agendas, ninguém sabe o que é ter que sobreviver tendo apenas disponíveis os míseros trocos que caiem dos bolsos dos empresários deste país.

Desafio a chegar-se à frente o primeiro deputado que tenha a coragem de se aventurar nesta experiência.